Ainda que soubesse...
Pára!
Pára de fingir! Pára de fugir!
Encara teu destino firme e certa.
Desdenha teu sentimento,
Inflama teu desejo,
arruma tuas malas,
segue teu caminho.
Já são dias de sono perdido.
Sonhos falhos, atordoados.
Ajeita o cabelo, passa um batom,
pinta as unhas, põe um sapato.
E eu que danço, quis sentar.
escrevi um soneto na porta do bar.
sorri, e bebi minha solidão.
E eu que me alimento de sentimentos,
arranquei o coração do peito,
corri da chuva e me molhei.
Joga fora o nascer-do-sol,
arranha teus sentidos,
permite teu amor-próprio viver.