Amor de pétalas vermelhas

Sonhei um sonho contigo

Sendo nós dois,

Só nós dois

Como se estivéssemos fugindo

Mas não via ninguém

Não, não era da guarda,

Ou por sermos malignos,

Algo deste tipo

Ah, lembrei: éramos conduzidos...

Conduzidos por uma força,

Não uma força para o abismo

E sim, pela força do amor

Olha, foi assim: demos as mãos

E de mãos dada seguimos

Não sentíamos medo,

Muito menos do desconhecido

Arrastados no ar,

Por um sopro suave do vento fomos

E alçamos voo

Como voam os pássaros,

os passarinhos

Assim seguindo nosso destino

No entanto, nos ares sem perigo

De nos chocar em uma aeronave

Não existia, nem imagina

Acima: o céu azul anil infinito

Lá embaixo, paisagens exuberantes:

Rios e cascatas,

Bosques verdes...

E via mais adiante,

Canteiros e mais canteiros

De vastas espécies de flores;

Jasmins, orquídeas e rosas

Azaleias, lavanda...

- Minha querida!

Confesso-te que nesta hora transbordou mais o meu amor por você

Meu coração que já és teu aqueceu-se fervorosamente

Pela pessoa de seu ser.

Então, viemos ao solo

E descalços da planta dos nossos pés passamos agora a caminhar

E só éramos nós

Que euforia!

Andamos, corremos, saltamos

Saltamos por cima das pedras;

Eram médias e pequenas

Corremos pisando nas águas dos rios,

Até as nascentes

Por momentos contemplamos suas origens

Após, andamos calmamente

E impregnado o cheiro de flores por ali

Vindo às nossas narinas

Dei conta que vinham das rosas,

E eram de rosas vermelhas

Muitas delas,

A nossa frente a atração;

O canteiro me recorda paixão, tesão

Olhei nos teus olhos,

Pus minha mão no seu peito...

Vi seus olhos querendo-me

Senti seu coração fervente

Já temos amor, ja temos sua força,

e já estamos em sussurros

E no chão coberto de pétalas vermelhas

Lembra-nos a nossa cama

Forrada no cetim rubro

Agora levanto as alças do seu vestido

E cai todinho,

e bem apressadinho

Seus seios enrijecem

Sua pele trêmula

Seus poros mostra ter frio,

pois seus pêlos se deitam

Não! Sabemos de o desejo

de fazer gostoso,

deliciosamente rentoso

E levei minhas masculas mãos,

Massageando seu corpo toda nua

Agora deitados rolando, se pegando

se beijando e às nossas mãos bobas

Sem-vergonha

E às gotas que saem do nosso interior,

Escorrem aos poucos pela nossa pele

Espalhando sobre às pétalas

das rosas vermelhas

Tem o gozo da nossa queimação

Do nosso ato de amor, de amar

Do nosso consumismo ímpeto tesão.

- Olha, assim sonhei

Meu bem, veja agora onde estamos?

Deitados na nossa cama no lençol rubro...

Vamos?