Humanos Robôs
Escrevi essa poesia em preto e branco, emoção deixei de lado, desprezei cores, pisei no chão para cultivar amores sonhados. Com muita devoção, privilegiei a verdade porque nas cidades a emoção acabou, já dizia um cantor em uma de suas canções. Cultuei somente a vida porque perdida estava a compaixão ou a piedade dos seres humanos, que pareciam robôs mecânicos ainda protótipos que funcionavam braços, mas as mãos não abriam. O humano era robotizado por capricho de quem faz tudo ao contrário cuja natureza abomina. O canto do cancioneiro era entristecido, palavras inertes como quem rola da ribanceira e falece. Vivi, sofri, chorei e muito lamentei, mas aos trancos e barrancos como humano até aqui com vida cheguei.