Laços de Sinceridade

Não finjas, meu amor.

Quero-te como és

E reclamarei pelo que for,

Mas se és verdadeira

E mostra-te inteira

Não precisaremos nos impor.

Não preciso de promessas.

Me basta um olhar

Sincero e sem as pressas

Das paixões modernas

— Feitas para acabar

À medida que são impressas.

Sim, livre-se das amarras.

O carinho liberta

E não vive atrás das barras

Do cárcere da emoção,

Pendendo entre a razão

E a inconsequência das farras.

Sim, não somos perfeitos.

Tenho muitos problemas

e dilemas cravados no peito

— Somos dois machucados

Que vivem aos cuidados

De um afeto, em ato e trejeito.

Eduardo Becher
Enviado por Eduardo Becher em 10/11/2021
Reeditado em 10/11/2021
Código do texto: T7382339
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