A Ausência

O vento que bate nas palavras

Como uma porta de onde se vê o mar.

Foi aí que conheci a ausência pela primeira vez.

Uma ausência tão dura que não pode nascer

Senão das entranhas.

Como esquecer o desejo de nossos corpos

Que permaneceram suspensos,

Abençoados apenas por um suspiro?

Como esquecer seus braços as suas mãos?

Só Amor!

Naqueles momentos eu era a sua mulher

E estavas comigo.

Alguns chamam sintonia,

Defino-a como essência, arpejo melodioso,

Leveza insuportável de duas bocas a beijar-se,

Perdendo-se na apneia de uma emoção.

E você é a única verdade que sinto que conheço.

Juciane Afonso
Enviado por Juciane Afonso em 29/11/2021
Código do texto: T7396129
Classificação de conteúdo: seguro