vistas

engordo a vista com os corpos queimados

pela força do sol,

admiro os trabalhos flutuantes e casas oscilantes,

deslumbro apartamentos de vista molhada,

calço os sapatos de areia e vagueio,

pelo comércio de mercadoria alheia,

despercebido e velho o tempo passa,

a verdade fica, a estação hiberna,

olhando para Trás revivo:

o som do cheiro em momentos temporais,

o aroma das caricias em tempestades moribundas,

o real do abstrato no concreto do ato,

a revolução do amor em guerras de paixão atomicamente sensuais

a confusão dos pensamentos que nos degolam bons momentos

na gaiola dos corvos sob a horta do nosso quintal...

Sizamar
Enviado por Sizamar em 29/11/2021
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