Amanhã não saberei te escrever
A poesia amanheceu chorando, pelo tempo que se foi.
E fala de saudades das linhas que cortaram o horizonte.
Do pote, da rede, da fumaça, também da poeira e da estrada.
Do canto dos pássaros, do vôo do gavião e do beija-flor.
Do arco íris e das visitas da bicharada.
Uma bicicleta algodão e cigarro a parte.
Desenhando a história da minha saudade e dos amigos.
Quero ser esta felicidade, a saudade das ruas vazias.
O tempo sem cinzas, um céu azul!...e meu pensamento voador.
Quero a tarde de janeiro do ano esquecido.
Um planeta sem saudade do que não fiz...Júpiter?...não sei.
É giratório o planeta da estação, para que possa minha imaginação seguir.
As minhas loucuras fumenta meu estado de pecado.
Da história não escrita em nenhum papel machê
Mas na sede da minha morada...
Ela se repete cotidianamente...e fico cansada.
Durmo para descansar.
A mente segue aceleradamente e lúcida.
É imenso, o desejo de voar! Voar no mundo da fantasia.
O mundo é inerte...não pleno...nem como pensa.
Bate saudade!...mas seja hoje...amanhã não saberei te escrever.