Amor de poeta

Da janela ouço mas não ouso o olhar

Renego ver a solidão com a noite chegando

Montada na brisa que faz refrescar

Finjo nos trejeitos que vai minh’alma criando

Para o coração sofrido não mais se enganar

Para que não mais em amor continue pensando

Parecem lamúrias sem qualquer fundamento

Só vai entender quem sofreu amando

Quem deu amor recebendo tormento

O poeta chora para o poema brotar

Relembra em filme todo seu sofrimento

Mas o fim que pretende é o gosto de amar

Não tem falsidade, ainda que assim o pareça

O amor no poeta vem com seu expressar

Tem anseios gigantes para que o amor aconteça

São tantos quilômetros de vida vivida

Procuras insanas no afã de encontrar

Ter para si essa pessoa querida

E o que lhe resta do tempo desse amor desfrutar.

JV do Lago
Enviado por JV do Lago em 08/12/2021
Código do texto: T7402875
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