AMOR, ETERNO AMOR

Na caixa de lembranças a foto, a recordação

Do último adeus, da ilusão...

O grande amor, o grande feito, o medrado da dor...

Lembranças que doem, que machucam, que aviltam...

Passados remotos que alucinam que me gritam...

Na lembrança o reavivamento do pecado de sentir

O erro de tentar de novo reviver o erro de falir

A grande questão – estar errado! Estar louco de ilusão!

Viver de novo a ilusão dos sentidos... da emoção de ter vivido o amor...

A morte de ter perdido os sentidos e entregar-se à dor....

Reviver o passado tenebroso e frio, lúgubre em desafio

Só para ter a emoção e o sentimento frágil e mágico de amar

O ente tão ausente e findo... O sentimento lindo de amar...

Sofrer com a consciência de estar ainda vivo e pulsante

Na dor de ter se feito tão amante, tão dilacerado...

No pecado de amar incessantemente e declaradamente alucinado...

Ederval Magalhães

Eder Mag
Enviado por Eder Mag em 10/12/2021
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