Anarquistas do Amor

Eu e você.

Contra tudo o que gostamos

E todo o mundo.

Chega de mar, estrelas,

Tiranos da alma

E burocratas do coração.

Basta de palavras e sonhos,

Não precisamos disso,

Nós não os queremos.

Eu e você,

Na contramão do vento e felizes

Vencedores da banalidade humana,

Corremos sem meta rumo ao segredo

Das mãos que conduz o prazer,

Num manifesto da sensibilidade.

Amarelo como um girassol de Van Gogh em Arles ou

Imponente como o Cristo Redentor,

É assim!

Vamos misturando o sagrado do amor

Com o profano da infinitude.

Depois corremos para lançar segredos de amor

Nas paredes cinzentas

Das casas dos indiferentes,

Dissipando a escuridão,

Queimando-os com o vermelho

Dos nossos lábios.

Somos anarquistas,

Contra tudo e todos

Para ter um mundo nosso,

Só nosso, e ponto!

Juciane Afonso
Enviado por Juciane Afonso em 13/12/2021
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