Sublime ato de amar
Eu posso ser
tudo o que eu quiser!
A poesia é o portal
para a alma imortal
do poeta.
Eu posso ser o vento
que sussurra...
Eu posso ser o tempo
que geme...
Posso ser a chuva
que chora...
E viver loucamente
neste processo
de transmutação.
Ser o que não posso,
transformar-me
no que eu desejo.
Como gotas de chuva
percorrendo o rosto
inundando estes olhos
lavando tuas lágrimas.
Gotas de chuva
mergulhando na boca
misturando-me
confundindo-me
com a tua saliva.
Gotas de chuva
percorrendo o corpo
suado
misturando-me
com o teu suor.
E com o calor de teu corpo
evaporo...
Elevo-me ao céu
de encontro com as nuvens.
Para depois retornar
lavar o corpo
purificar a alma
neste sublime ato
de transformar!