O CRAVO E A ROSA
Olá Rosa! como vai!
Você se lembra de mim?
Não! Sou a Cravo
Aquele, que rondava o seu jardim.
Eu ficava entre as folhagens
Querendo lhe declarar.
Mas, a minha timidez
Não me deixava falar.
Eu, um cravo desajeitado
Sem ter uma flor na lapela.
Você, toda delicada,
Tão cheirosa e tão singela.
Um dia criei coragem
E fui consigo falar:
Mas você disse que não.
Não podia me amar..
Saí de cabeça baixa,
Desiludido da vida.
Mas, um dia encontrei
A minha flor preferida.
Já faz um tempo, Rosinha,
Casei-me com a Margarida.
Antônio Oliveira (Paraibuna SP)