Bêbada de sono

Bêbada de sono ela passa

Dentro de uma calça e descalça

A se esbarrar nas paredes

E tatear o vento

É a figura de uma bela criatura

Que também não me vê

Estou assentado na poltrona da sala

E a vejo entrar no toalete

No escuro ela se assenta

E não percebe a brecha

Que tenta meu olhos

Doidos para lhe piscar

E se levanta elegantemente

Como se soubesse da minha presença

E em mim se esbarra

A me levantar

Ed Ramos
Enviado por Ed Ramos em 24/12/2021
Reeditado em 24/12/2021
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