Amor antigo...

Amor antigo...

Não tivesse nem ontem, hoje, amanhã, este doce e terno

sentimento chamado amor, dos corações abrigo;

eu diria (amor) que é moderno

e ao mesmo tempo (amada) antigo...!

Este que eu falo (amor) que é o meu, o seu, o nosso

que tempos passados é real, não finda;

quanto mais tempo passa, dizer eu posso

que é menino, é criança ainda...!

É como o vinho: melhor o sabor quanto mais envelhecido...

O tempo é o fermento que mais o cresce...

É como o grude: depois que cola fica sempre unido...

É matemática: quanto mais dividido, acresce...!

Não tem ontem, hoje, amanhã, idade,

ele é Divino, dos corações abrigo...

Este que eu falo (o nosso) por toda a eternidade

será criança, quanto mais antigo...!

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(Geraldo Coelho Zacarias)