Os pássaros
O canto dos passarinhos poderá ser alegre
Quando soltos na natureza
E na mais frondosa árvore puder pousar
A vida dos passarinhos deveria ser só de cantar
Desvendando segredo sob o sol e a luz do luar.
O canto do homem aplaca desavenças
Em qualquer paragem, no mais longínquo rincão
No campo e na cidade, acalma o coração,
Choro e lágrimas de alguém que esteja a soluçar
Ancora alegria e oferece paixão ao mais nobre lugar.
O Anu branco agouro, o Carcará e o Urubu não cantam
Vivem na copada do pinheiro a observar
Suas presas vivas ou mortas
Não importa, querem apenas se alimentar
Do que pode por fim a fome salutar.
O João de Barro e o canarinho dividem-se ninhos
No casão do João pressupõe-se conforto
Enquanto a colmeia não aparece
Se nascem os filhotes a mãe desdobra-se em carinho
Por isso os pássaros quando soltos nunca estão sozinhos.