Vingança

Suas palavras e seus gestos são frios como espada

Defeituosos, claros e perigosos como os velhos punhais

Pela retina vejo os bruscos metais

Pelas flores caindo pelas noites geladas

Pelo retrato ao lado sua imagem retratada

As ânsias, as lágrimas, seus movimentos desleais

São próprios punhais irreais

São pétalas mortas caídas na madrugada

Mas o nó que causa essa tamanha indiferença

Sem palavras, sem desejos, sem o falar

São forças estranhas de vingança

Mas não fique com saudades de mim

No teu sonho me calo a soluçar

Dizendo: quem me dera viver assim

EduardoAraujo
Enviado por EduardoAraujo em 27/01/2022
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