Vingança
Suas palavras e seus gestos são frios como espada
Defeituosos, claros e perigosos como os velhos punhais
Pela retina vejo os bruscos metais
Pelas flores caindo pelas noites geladas
Pelo retrato ao lado sua imagem retratada
As ânsias, as lágrimas, seus movimentos desleais
São próprios punhais irreais
São pétalas mortas caídas na madrugada
Mas o nó que causa essa tamanha indiferença
Sem palavras, sem desejos, sem o falar
São forças estranhas de vingança
Mas não fique com saudades de mim
No teu sonho me calo a soluçar
Dizendo: quem me dera viver assim