Venha, meu Mensageiro

No amontoado de tantas pedras,

Pedregulhos e matos, pétalas

Despetaladas, há tua formosa flor.

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Meu beija-flor, ó formosa visita,

Vens de mansinho, com carinho,

Trazendo boas novas espirituais.

Beijas minha corola, meu talismã,

Com doçura, emoções, carisma,

És meu paraíso. Em ti, descanso.

Sou fecundada, por ti inundada

Do mais belo e terno puro Amor,

Tanto carinho me dás, sou tua flor.

Vens com teu canto tão suave,

Nas manhãzinhas eu te espero,

Nas tardezinhas eu te venero.

No dia em declínio, no poente,

Na sinfonia vespertina ou nascente,

Tua cantiga é encanto de ninho.

Sugas meu mel, ó doce ternura,

Bendito jardim de tal formosura,

Tua doce chegada é tão repentina.

Não fosses tu em meu viver, néctar,

Vigor, seria flor à deriva, desiludida,

Solta no vergel, ao relento a chorar.