Dedos deslizam nas teclas, suaves…

num dedilhar inibido, sem pressa.

Cheirando Rhea, num transe, sem traves…

Em cada toque, a marca impressa.

 

Pele entende, suspiram as partes,

num ofegar ajustado, promessa.

Escondem dedos e línguas apartes.

O afagar entre si que não cessa…

 

Exaustas mãos se aninham no peito,

acarinhando o corpo amado,

no paraíso por eles eleito.

 

E não há céu e nem chão, só momento,

até o dia resolve calar

para os amantes comerem o tempo.

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TACIANA VALENÇA
Enviado por TACIANA VALENÇA em 12/02/2022
Reeditado em 12/02/2022
Código do texto: T7450314
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