Escuta-me Essa Noite

Escuta-me a noite

Como prova do silencio caído do teu lábio,

Uma trova do vento ressentido

Parece cantar-te ,

como encanta-me o devaneio...

Choro sofrido da saudade em teu seio,

Como é a sede de provar-te e não saciar-me,

Pois, tu és o intento do sangue

correndo em meus veios,

Aluvião de ouro e prata

Como fonte de raio da lua em serenata,

Posto a sombra porosa de teu corpo em meus pensamentos,

Seguindo as tuas pegadas noite adentro

No pecaminoso silo do silêncio,

Onde guardo as palavras de fome e de desejo,

Afagando a fugaz premissa dos teus olhos,

Que me cercam em contornos amendoados,

Frutos castigados pela urgência de um furioso dia,

Quando amanheces fresca

e resvalada em pele de fruta,

Com a nítida esperança que brota nos galhos

enrijecidos e velozes de correr a vida crescendo em teu peito.

Arcada a tua voz parece-me de melodiosa saudade ,

Alimentando o tempo contraditório, que passa ,

Pisoteando o meu simples alimento;

Porto de mim,

Mar de um deserto repleto de flores,

Como se fosses, antes, a areia ,

e avistando-a, de perto, como uma miragem que chegasse

abrir-se em doce paisagem, rotulando dentro de mim cada inspiração

que se aconchegasse ao sol de uma eterna primavera,

Enfrentando as fortes tempestades do verão...

Respira em mim, os porosos sopros de consorte,

e viverei do teu alento,

Brisa que rebate os meus cabelos

Em teus pelos de carente adoração,

Entregue a este prazer sonoro da sedução que resvala no fundo do peito,

Ao rejeito triste da saudade,

Valendo-se das ondas cheias de tuas mãos em doce carinho,

Abrindo o caminho da embarcação.

Resta-me (viver) como o vinho outorgado numa taça,

Rodeado pelo furor da aurora em semeadura...

Reza-me o tinteiro do teu fulgor nessa hora,

falta-me a pena, sendo assim, faço uso da imaginação,

Do fogo abrandado pelo teu calor nas linhas tenras do poema...

Restam-me as cinzas, se é que podes queimar-me,

E deixar-me novamente inteiro ,

o faz, como um pássaro mítico que me renasce todos os dias para saudar-te

ao levantar-se no furor da serena névoa na madrugada

Permanecendo em mim o teu colo, que te faz deleitada como um sonho,

Aquiescendo-me ao toque generoso do teu amor.

fotografia de um amor

https://www.youtube.com/watch?v=4pOwmmPn28I

Um Guerreiro da Luz não tem pressa para nada na vida. O tempo trabalhará a seu favor sempre, se ele conseguir dominar a própria impaciência. Andando cada vez mais devagar, ele nota a firmeza de seus passos. Sabe que, como todos no mundo, que participa de um momento decisivo para a história, e precisa mudar a si mesmo antes de querer mudar o mundo. Como disse Lanza del Vasto, "Uma revolução precisa de tempo para se instalar".

Pouco a pouco, o guerreiro muda sua vida e vai percebendo as diferenças. Gradualmente, enfrenta desafios maiores, que requerem mais esforço. Um guerreiro da Luz não pode ter pressa para conseguir o que deseja. Ele não pode colher o fruto enquanto ainda está verde. Por isso, ele espera o seu tempo. (Guerreiro da Luz)