Poema de Insensatez II

De um deboche eu apareço,

Olho teus contornos mais de perto,

Afago teu ego, entrego meu trago,

traduzo teu silêncio e me distraio.

Um arrepio na alma,

tua presença me transforma,

corrompe minha paz e improvisa um canto impulsivo...

Quem dera não fosse só no infinitivo!

Precisa e certeira, te tento um convite:

Invade também o mundo, pois em sentimento já me possuíste!

Temperei meus desejos com alecrim,

arruinei meus sonhos com esperanças falsas

Derrotei minhas forças com sangue,

sangue de amor,

sangue de carinho,

sangue de desespero,

Sangue de idéia fixa...

E, então, me pego a observar-te

E já nem sei onde me escondi