A lenda
Ao voar no ar da ilusão
Segui os fechos de luz que me tiravam a razão
Perdi para a força de minhas sensações
Me rendi ao acreditar nas inspiração
Que palpitava meu coração
Era eu o protagonista em minha imaginação
Perseguido pelos vilão das circunstâncias
Entreguei as palavras que moravam em minha alma
Enfeitiçado pelas crenças do momento
Quase puro, quase livre, quase preso em mim mesmo
Tinha o mundo como obstáculo
Foi quando eu disse tao confuso mas desarmado
Ajoelhado com as mãos desatadas
Uma joia de dizer reluzente para o ser
O segredo do meu voo
Pobre eu já no fundo esperava
Que minhas asas fossem depenadas pela bela assustada
Adormeci e acordei espetado por sua adaga
Cortado em mil pedaços
Lutei contra minha própria raiva
Precisava dizer as últimas palavras
Preocupado com a justiça e o fardo que carregava minha amada
Foi como eu pudesse sentir as suas lágrimas
Nem um de nós esperava tamanho trauma para nossas almas
Meu coração estava morto e nem nos sonhos eu a alcançava
O caminho da vida nós separava
Do lugar que cai criei cascas e instintos tão duros
Que mal me vejo tão indefeso
As rotas das armadilha já era por mim conhecida
Quando vi outrora quase repetir a mesma história com uma linda bailarina
Tão artística, tão performática, quanto fingida
errava quando negava o que seus olhos entregava
Adormeci novamente no entanto preparado suficientemente para desarma-la
Lhe perguntei: porque atacas um coração morto?
Vi em seus olhos uma doce inveja e frustração por não ter tido o êxito de minha antiga amada...