A lenda

Ao voar no ar da ilusão

Segui os fechos de luz que me tiravam a razão

Perdi para a força de minhas sensações

Me rendi ao acreditar nas inspiração

Que palpitava meu coração

Era eu o protagonista em minha imaginação

Perseguido pelos vilão das circunstâncias

Entreguei as palavras que moravam em minha alma

Enfeitiçado pelas crenças do momento

Quase puro, quase livre, quase preso em mim mesmo

Tinha o mundo como obstáculo

Foi quando eu disse tao confuso mas desarmado

Ajoelhado com as mãos desatadas

Uma joia de dizer reluzente para o ser

O segredo do meu voo

Pobre eu já no fundo esperava

Que minhas asas fossem depenadas pela bela assustada

Adormeci e acordei espetado por sua adaga

Cortado em mil pedaços

Lutei contra minha própria raiva

Precisava dizer as últimas palavras

Preocupado com a justiça e o fardo que carregava minha amada

Foi como eu pudesse sentir as suas lágrimas

Nem um de nós esperava tamanho trauma para nossas almas

Meu coração estava morto e nem nos sonhos eu a alcançava

O caminho da vida nós separava

Do lugar que cai criei cascas e instintos tão duros

Que mal me vejo tão indefeso

As rotas das armadilha já era por mim conhecida

Quando vi outrora quase repetir a mesma história com uma linda bailarina

Tão artística, tão performática, quanto fingida

errava quando negava o que seus olhos entregava

Adormeci novamente no entanto preparado suficientemente para desarma-la

Lhe perguntei: porque atacas um coração morto?

Vi em seus olhos uma doce inveja e frustração por não ter tido o êxito de minha antiga amada...

Fabio de Mello
Enviado por Fabio de Mello em 26/02/2022
Reeditado em 26/02/2022
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