MEU CORAÇÃO

 

Muitas vezes eu preciso,
de soltar-me das amarras.
Escrever um improviso,
deixar ao lápis, as farras,
ir soltando o coração
de tal forma que ele seja
o guia da minha mão;
minha escrita, que ele eleja.

Muitas vezes eu preciso
de um pouco mais de descanso,
procurar o paraíso,
recostar-me num remanso
e deixar ao coração
a tarefa de dizer
as palavras que serão
nascidas do meu querer.

Mas às vezes, nem preciso
escutar meu coração;
ele toma, bem conciso,
as rédeas, agindo então
de forma tal, com que expressa
o que eu tenho lá no fundo
e o que ele diz interessa
só a mim, e não ao mundo.

 
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