No que será...

Faço-me artesã

Bordo as bordas da minha solidão...e fico em paz.

Vejo tanta beleza!

Vale a pena ser saudade.

A minha solidão tem cor.

E banha alma cheia e vazia...

Pelo cantos solitários de um coração triste.

Fazendo-me artesã inacabado.

Lá fora faz frio.

Nenhum lençol a me cobrir.

Frio forte!...E eu a coser retalhos.

Assim existo , penso...e sinto.

Dentro de mim tudo é saudade!

Mas há curvas gravadas pela estrada.

É preciso atenção.

Sou a face do hoje no

corpo do ontem...

Do amanhã nem sei falar, nem do que pensar...

Sei de um amor que teima...

Existir no que será.

Aju-21/03/ 22

Rosilda pinheiro
Enviado por Rosilda pinheiro em 20/03/2022
Reeditado em 20/07/2022
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