Ausente de si

Permanecia alheio à alvorada e ao vento que as manhãs traziam

Sem cor, lamentava as dores da noite que passou

Olhava e nada via era como se não estivesse ali

Passava a hora despercebida, não enxergava, nada sentia

O ar que lhe tocava e as flores que apareciam

Em vão falavam, só recordava os horrores

As nuvens lá em cima olhavam e passavam apressadas

E por meio da estrada seus passos tentavam acompanhar

Não sabia ao certo o que desejava, pois estava ausente de tudo

O sossego se distanciava e ocupava-se somente do medo.

Maria Jucilene de Moraes
Enviado por Maria Jucilene de Moraes em 23/03/2022
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