Ódio

Ódio

Quem disse que ódio não mata certamente se enganou

Pois meu ódio é tão grande que é capaz de matar

Verás que irás sofrer loucamente o meu rancor

Verás que irás morrer só por eu te odiar

Quem disse que em mim só há ternura e amor?

Quem julga que jamais farei mal a ninguém?

Quem não crê em meu poder de prejudicar?

Quem duvida que eu possa odiar alguém?

Quem acha que pode fazer o que bem quiser

De mim e pensa que eu não me vingarei?

Quem sabe o sentimento que aqui dói dentro de mim?

Quem pensa que eu com o tempo esquecerei?

Quem ousar tocar em mim que considere-se morto!

Quem tentar me magoar verá que eu revidarei!

Quem vier me insultar irá dar-se muito mal

Porque não ficará impune. Algo eu lhe farei.

Pois que te odeio com toda a força de minh'alma

Pois que te quero todo o mal que puderes receber

Porque te desejo mil e mil vezes a morte

Porque tanto quanto possível quero te ver sofrer.

Selma de Assis Moura

10/03/1988

14 anos

Esta poesia foi escrita em um difícil período da adolescência.

Anos depois percebi como escrever era para mim o local de extravasar sentimentos, emoções e idéias.