Tudo acabou.

Tudo acabou.

Quando sei que você apareceu?

Foi quando eu estava sarado,

Talvez quando me encontrava desarmado?

E tudo que eu tinha se escondeu.

Não houve tempo, foi muito rápido.

Parece algo, da vida, armado.

E você venceu soberana,

Qual se fosse velha tirana.

É que eu ansiava, procurava,

Carregando algo, como um peso.

E você, a soberana, armava,

Ardilosa, me querendo preso.

Pra que, pra que tudo isso?

Talvez, quem sabe, com jeito.

Mas você investiu tudo nisso.

E eu lamentava;está tudo feito!

Escorregava, caía, se espalhava,

Tudo que eu apostei.

E você que me malhava,

Dizia, respeitosa, pertenço a lei!

Nexo, que nexo?

Não sei aonde estou.

Só sei que, no papel traço um verso.

E antes de começar, tudo acabou.

Nilton Marques
Enviado por Nilton Marques em 06/04/2022
Código do texto: T7489100
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