Tudo acabou.
Tudo acabou.
Quando sei que você apareceu?
Foi quando eu estava sarado,
Talvez quando me encontrava desarmado?
E tudo que eu tinha se escondeu.
Não houve tempo, foi muito rápido.
Parece algo, da vida, armado.
E você venceu soberana,
Qual se fosse velha tirana.
É que eu ansiava, procurava,
Carregando algo, como um peso.
E você, a soberana, armava,
Ardilosa, me querendo preso.
Pra que, pra que tudo isso?
Talvez, quem sabe, com jeito.
Mas você investiu tudo nisso.
E eu lamentava;está tudo feito!
Escorregava, caía, se espalhava,
Tudo que eu apostei.
E você que me malhava,
Dizia, respeitosa, pertenço a lei!
Nexo, que nexo?
Não sei aonde estou.
Só sei que, no papel traço um verso.
E antes de começar, tudo acabou.