DESPERTAR
Eis que desperta o poeta que outrora repousava.
É a primavera que aos poucos em flores amanhece,
Farvalhando com o festejar de insetos
Que o vergel perfilha.
Qual a extensão de uma lotus é o vazio que dentro em mim paira.
Tenho um amor que me cobre
mas não me deixa dormir.
Tenho medo de adormecer meu canto,
eu santo e minha poesia.
Belo Horizonte, 02 de fevereiro de 2006