A arqueira na montanha

Minha amiga, em ti,

o zelo do espírito,

dobra-me no tempo:

paro, admiro-te.

Seus olhos, águas cristalinas,

são mais profundos do que penso,

escondem corais de vida pululante

e segredos de mares inexplorados

Sorri de forma meiga, inocente

mas discorre leis e pensamentos,

seus próximos escutam atentos

as sentenças esbeltas

O Sol não revelou ainda

os segredos de seus cabelos:

nobre manto recobre o desenho

de uma face imponente e serena

Nobre guerreira, verga o arco

atire longe, a flecha dos sonhos:

não precisa temer o amanhã,

o presente já é seu.