REGRESSO

Autor: abo

No augúrio que fatalmente

Apossou-se de mim...

Senti que tudo se consumia ao meu redor,

Como a retórica da “tragédia grega”

Sentindo o pulso disparar...

Um quê fatídico... Só onírico, a ilógica, o sonho...

Era o que poderia compreender o que demais se passava em mim,

O metodismo, a irreverência...

O ego autoritário se foi,

Restou a fragilidade, o transitório,

A vulnerabilidade.

Peço-te! Volta, faz meu sol brilhar...

Faz da minha boca soar sorrisos puros,

Meus ouvidos atentarem para o gorjeio das coisas castas...

Sentir meus vasos se encherem de vida,

E me deliciar com o som

Das tuas palavras,

Encontrar-me no estrilo

Ignoto do teu beijo,

Formando o contraste doce da emoção,

Entre a alegria de te reencontrar

E a amargura de ti não me pertencer.

ABO
Enviado por ABO em 26/11/2007
Código do texto: T752768
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