Semente para o último jardim

Uma leve censura ao amor que sinto,

e padeço o mais mórbido silêncio.

Mas tão contrário seria ao meu instinto

que sempre o canto, falo, escrevo ou penso.

Não farei nada contrário a essa força

que não contrarie o meu próprio ser,

porque, se a chama do amor não o fosse,

faltar-me-ia razão para viver.

Com os versos que me animam agora,

rego a semente que germina em mim.

Assim o amor florescerá nas rosas

sobre meu calmo e frio último jardim.

Antonio R Filho
Enviado por Antonio R Filho em 02/06/2022
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