AS BRASAS DA NOSSA LAREIRA

Em tudo o que a natureza opera,

ela nada o faz bruscamente.

Lamarck

Todos os dias

No final de tarde

Eu ficarei esperando

O teu convite para um café fresco

Que não virá!

Todas as manhãs eu vou lembrar

Do chimarrão que tu fazias

E daqueles aos quais

Tu me convidavas a participar

Ficarão na saudade!

E quando fizer um dia de sol

Eu prometo ter forças e coragem

Para ir à beira-mar

E caminhar com tuas cinzas

Vou cumprir, espere!

Só não posso te prometer

Que a dor que eu sinto sem ti

Possa ser apagada como as brasas

Da nossa lareira

Isto eu não posso!

2012

MÁRIO FEIJÓ
Enviado por MÁRIO FEIJÓ em 13/06/2022
Código do texto: T7536779
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