Lágrimas da Lua...

 

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Naturalmente...

Sem a pretensão e supostos alcances, que tentam proferir meus versos, poucos, ázimos e falhos, acabrunhados, combalidos, na quem sabe, pretensa vereda de um fim é que eu só, penso que também sozinho, quase vencido, esfalfado em tristezas, desde as pontas agudas, incertas e claudicantes de meu membro superior (simplório, no também reconheço); Sofregamente, esvaindo-se pela ponta dos dedos, congelados, trêmulos porém ávidos, onde despretensiosamente, um belo poema fora feito. E assim se deu, a coisa mais sublime, ...a coisa mais emocionante (no que, já vou lhes contar do que se trata).

Tanto que despojadamente essa composição fora feita, embebido e embevecido a um lirismo peculiar, intrínseco e lacrimante, às poesias! Assim...bem desse jeito.

Frugalmente, certa feita... numa certa noite eleita as paixões, enluarada e retumbante, por conta dos milhões de flashes e fachos lunares que, de tanto esboçarem e quererem retratar meus ofegantes “ais” e de tanto padecerem, à expiarem em desassossego, consternada e modestamente, uma bela ode ao amor, flébil e molhada construiu-se, à luz desse luar.

Simplesmente...

E quando essa “Bela Lua Cheia, cheinha de seus particulares, únicos e inigualáveis encantos que sem saber, suponho, até sem pensar, refletiu-se imponente, rente as paredes espelhadas do meu lar, destemperando-se a chorar feito uma criança carente, numa noite sem calor algum, golfando-se em silêncio e dor que fez jorrar seu mote de bem querer copiosamente, riscando de cima abaixo minhas vidraças enodoas e embaçadas. E sem falsa modéstia devo admitir, pra minha própria surpresa, que um belo poema fora edificado, acolchoados com todos os dotes e requisitos, advindos daquela linda Lua e suas magnificências, sem fim... Tudo isso...sem que para isto, um único verso fora por mim, escrito ou declamado.

EFLÚVIO DE ARREBOL
Enviado por EFLÚVIO DE ARREBOL em 16/06/2022
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