Amar é simples
Eu te amo hoje como sempre, sem assombro.
Não sabia que esse amor me consumiria.
Aceito os subterfúgios desse amar insano,
às vezes envergonhado, outras vezes triste.
Te amar cria amarras. Cumpro minha sina!
Sou assim! Sou momentos sem espanto.
Medo? Não tenho medo, confesso! Só amo!
A vida não é feita de momentos, de sonhos?
Sonho com teus beijos esta noite! Todas as noites!
Nada de aflição, de desordem, de imprudência.
Me alimento dessas saudades, desses encontros,
embora haja tantos desencontros, entre silêncios.
Para que sofrer de amor, se amar é belo, revigora?
Não fujo da minha essência, dos meus encantos!
Sobrevivo a cada dia entre lembranças e tropeços.
Se tardas, não me aborreço, bebo um vinho.
Nas madrugadas frias me aqueço, sem recalque.
Recordo, recolho os detritos desses dias de silêncio.