CANTO DO MUNDO

Chamai-me ó noite com tua voz sombria.

Derrama sobre mim a penumbra de teu céu

E banha a plúmbea alma que me guia.

A lua agora é doce e reluz qual diamante em mina escura.

És ó noite o meu canto do mundo,

Onde me sento apoiando o rosto nos joelhos

E deles faço poço de minhas lágrimas.

De fatiga vivo a flanar por teus campos

Onde nas ramagens deposito o invólucro beijo que te aprisiona no céu de minha boca.

Belo Horizonte, 28 de março de 2006

Rodrigo Ribeiro
Enviado por Rodrigo Ribeiro em 01/12/2007
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