REENCONTRO
Penso em ti
Mas ao mesmo tempo tenho medo.
Medo de tudo desabar,
Acabando num simples olhar.
Tenho-lhe estima
Mas isso diz pouco
Apenas palavras não alimentam o calabouço.
Dando vazão
Numa rústica linguagem vulgar.
Trago-lhe poemas e versos,
Mas isso de nada adianta.
Tento dilatar a distância
E finalmente te
Reencontrar.
Bebo do teu cálice
Saborosa ternura
Suspiros amainando
a tortura.
No fim, o que me resta é esperar
Ao lado do trono de Cronos
A majestosa vindoura
O seu despertar.