REENCONTRO

Penso em ti

Mas ao mesmo tempo tenho medo.

Medo de tudo desabar,

Acabando num simples olhar.

Tenho-lhe estima

Mas isso diz pouco

Apenas palavras não alimentam o calabouço.

Dando vazão

Numa rústica linguagem vulgar.

Trago-lhe poemas e versos,

Mas isso de nada adianta.

Tento dilatar a distância

E finalmente te

Reencontrar.

Bebo do teu cálice

Saborosa ternura

Suspiros amainando

a tortura.

No fim, o que me resta é esperar

Ao lado do trono de Cronos

A majestosa vindoura

O seu despertar.

Fabiana Alves
Enviado por Fabiana Alves em 29/09/2022
Reeditado em 01/10/2022
Código do texto: T7616988
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