AMADA DE AR
A realidade que te tem
como o céu da mente que te pensa.
A luz solar no teu olhar lembra-me que o
universo é nosso lar.
O reflexo multiplica a vida na via pública
do ar.
E páginas de um mesmo livro estão
ao vento.
O espiral do encantar que repete tudo
menos o DNA.
Bailarina que faz rima com o caminhar.
O vento te despoja de chão,
e a misteriosa luz
que é superfície onipresente
te abarca.
Tudo é pressa de nada ou silêncio
de plenitude.
Amada, ver-te na esquina do infinito,
hesitante em qual rua abstrata
deve-se virar.
E tantas janelas emolduradas
de tecido celular.
Prefiro calar, lembrar é esquecer
o real de totalmente comungar.
-Rafael Gustavo Vieira