O motor não bate mais biela

Estamos no fim de uma era?

Ou é apenas uma batalha

São rugidos ferozes de uma fera?

ou é a palha seca que no chão farfalha

Neste hospício que é propicio para a guerra

em um tempo onde a mentira impera

é o ódio prolifera.

Claro que tudo é fugaz

e quando o sol se por no horizonte

o capitalismo voraz

já não será o mesmo que ontem

e estará agonizando

nos becos, nas bocas, em pleno desmonte

O sol brilha eterno

intenso, denso e inflamante

teu grito só será ouvido no inferno

quando o tempo não for mais importante.

Pois o tempo é um cavalo veloz e sorrateiro

Tua face é hoje rosada e cristalina

não esta ensopada por lágrimas

o sal do mar não resseca teus cabelos

é toda pura, dentro, fora e por inteiro.

Pois esta é apenas uma batalha

e o sangue que corre por toda a terra

é apenas na verdade uma falha

deste inicio de era.

Quando todas as luzes se apagarem

o nada será imperante

quando o cravo secar em tua lapela

o tudo estará distante

e o motor não baterá mais sua biela