DOCE VAMPIRA

Assim como o homem subjuga o trigo

Privando-o da água, do sol e do vento

Transformando-o em nosso pão amigo

Transmudando-o em divino alimento

Assim como decepa as frutas da videira

Para produzir o sublime elixir do amor

Assim como priva os frutos da oliveira

E cria o azeite, esse néctar do sabor

Suga minha seiva, meu sangue, minha veia

Arranca de meu peito a vida e a alegria

Qual a aranha, me devora em tua teia !

E ainda assim restará minha poesia !

Sigmar Montemor
Enviado por Sigmar Montemor em 04/12/2007
Código do texto: T764333