Ponho-me a sorrir
Eu sigo as linhas em meu rosto.
Meus lábios arqueiam para baixo
E então, arqueiam para cima.
Cada vez menos, eu deixo que me leiam.
Digo apenas linhas soltas,
Sem versos, ou rimas.
Não deixei que vissem meu coração partido.
Deixei que ele cicatrizasse sozinho.
Agora ele está meio torto e enrijecido,
Mas, ainda está batendo, mesmo sozinho.
O sol está alto, mas não me aquece.
O tempo nublado não me esquece.
Não sei mais diferenciar o que sentir.
Por via das dúvidas, eu me ponho a sorrir.