Apenas uma Lágrima
Que nasce na fonte, no globo ocular, que molha as minhas retinas
Em grande quantidade, mataria a minha sede
E banharia meu corpo saudoso da vida
Que caminha sem rumo, sem direção
Vislumbrando o infinito, onde tudo é tão perfeito.
Ficando as pegadas expostas ao tempo, pelo chão
Apenas uma lágrima
Para regar os meus sonhos
E lhe trazer de volta ao meu mundo
Minhas imperfeições, meus anseios, meus desejos
Meus pecados que, de há muito, me condenam
Me torturam como se fosse o pior dos boêmios
Me fazem sofrer, carregar tudo nos meus ombros
Apenas uma lágrima,
Nenhuma gota a mais, nada mais
Em prece, lhe rogo senhor pela alma deste poeta
Com a alma aquecida, e pelo fogo em silêncio, grita
E, no encontro do entardecer com a noite, chora
A solidão que chega e sem piedade, me devora!