Ser ou Não

Toda a minha angústia vem de um tempo

Que controla as minhas verdades

E da direção que aponta o vento

Que varre a podridão desta cidade

Eu me engano pensando ser prisioneiro

Com as mãos algemadas por grilhões

E não sou o último nem o primeiro

A viver este inferno e suas tentações

Eu olho para o céu procurando o infinito

Mas piso a terra com meus pés e mãos

Sou animal por isto eu urro não grito

Pois pensar o divino é apenas ilusão

Minha angústia é agonia por eu ser

E viver neste pesadelo aflitivo

Pensar a minha existência e ser

Livre mas procurando ser cativo.