Decadência

Eu sou aquele que fala de amor

Aquele que entra nos corações, eu sou

Do escuro faço a letra da dor

Num obscuro desejo entrou

Não esconda o rosto, novo pavor

Este frio que passa pela espinha e gelou

O que é bom, graças ao Nosso Senhor

Uma ave perdida que não voou

Sinta os passos mortos, decadência

O amor, a tortura, a demência

Que no quarto sozinho a gritar

No quarto sozinho abraçado ao tédio

Não durmo, busco sem nada um remédio

Um amor que me faça ao todo largar

EduardoAraujo
Enviado por EduardoAraujo em 09/01/2023
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