A sombra

Calma era a madrugada

Avenida Atlântica, em Copa,

Deitada na rede da varanda

Linda, maravilhosa a moça

Olhava a praia no seu vai-e-vem.

A moça quem é? Ninguém sabe

Saber talvez nunca irá saber

Virou a chave e fechou a porta

Isso tem mais ou menos uma semana.

Adormeceu e ninguém sabe

Quando vai acordar, se irá acordar!

Seu olhos encantam transeuntes

Beija-flor desliza no corpo dela

Dissemina aroma do tipo jasmim.

Estática sem mantém pelas mão divinas

Do amanhecer em construção

Cobre-se de purpurina

Que nina teus sentidos

E logo se vai no vento.

Mistério no sentimento

Bela, muito bela, mas solitária,

E apesar da solidão do instante

Teu sorriso encanta, os olhos brilham

E lhe incentivam o viver.

Matiz ela pousa para a fotografia

Se rende a alegria do fotógrafo

Que num KLICK espanta sua solidão

Enquanto o transeunte olha

Olha, mas não decifra nada.