O meu tinteiro azul

A brisa da noite me ventila a alma

E me traz as lembranças do tempo

Da história desse meu ser que vaga

Que percorre o infinito pelo sempre

Mergulhando na cauda da estrela cadente

Na lágrima furtiva que ora me escorre

Fazendo parte dessa noite de domingo

Em que a solidão me colhe o espírito

E verseja a gastar o meu tinteiro azul

Que tal o pranto escorre em meus dedos

Escrevendo palavras que jamais foram ditas

Pulsando o silêncio que se aconchega fiel

Enchendo a minha alma de uma saudade muda

Que calada, chama o nome da mulher amada,

E busca desconsolada a paz no verso triste

Que se recosta no meu peito hoje tão pequeno

E esquecido de tudo que em verdade eu sou.

Serratine.

Ilha, 02.XII.2007.

Em paz...

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Serratine
Enviado por Serratine em 08/12/2007
Código do texto: T769596