Os passarinhos

A noite, nas cidades os passarinho já não cantam, choram o silêncio que no tempo ficou, a luz da ribalta para eles nunca se apagou, o sol se punha, no poleiro dormiam e só acordavam depois que o galo cantava.

Os passarinhos das cidades grandes são tristes, nem sabem se a vida existe por onde voam, a cabaxirra nem a corruíra. Não dormindo no clarão esquece tudo.

O gavião disputando espaço, o beija-flor sem saber onde ficar, atônito voa sem destino, até ser trucidado nas garras do carcará manhoso sem piedade. E lá se foi mais um da fauna e da flora... Fazer o quê, deixa ir embora.