A LAGARTA E A ROSA

A lagarta desliza na lousa,

(...ela não voa, nem pousa)

E, pra ficar na memória,

Vai deixando o seu rastro.

Vai deixando datas…

E acontecimentos da história.

A lagarta deixa relevos de geografia;

E, da literatura brasileira,

De Drummond, deixa uma poesia.

De repente a lagarta quase caiu,

Rápida foi Dona Rosa! Foi por um triz;

Ah! Dona Rosa é a professora,

E a lagarta é o giz.

A lagarta se dou inteira, se acabou…

E, finalizando a aula, sobre o quadro,

Dona Rosa deslizou o apagador.

O giz é a lagarta… Dona Rosa é a flor.

Assim seguem os dias.

As lagartas deixando rastros,

Os apagadores apagando os traços.

E, entre as lagartas e as rosas

Uma perfeita simbiose;

E, na mente dos alunos,

A mais alucinada metamorfose.

Os anos passaram…

E, passaram rapidamente;

Aqueles alunos, e outros, criaram asas,

Impulsionados por borboletas na mente.

Dona Rosa? Que saudade!

Dona Rosa, e tantas outras rosas…

São só felicidade.

Amarildo José de Porangaba
Enviado por Amarildo José de Porangaba em 03/02/2023
Código do texto: T7710894
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