JAZZ, BOURBON E AMOR

Na vitrola um jazz tocando;

A tinta da parede descascando.

Um copo de bourbon pela metade,

Você embriagada me olhando.

O som já não ocupa nossa mente,

Pelo álcool, por demais, inebriada.

Não me interessa mais o que tu sentes

Prefiro até que fiques aí calada.

Os velhos discos, o velho apartamento,

Os nossos corpos, tudo ao tempo resistindo.

O nosso amor foi que não resistiu.

Tal qual pedra de gelo ao sol se diluiu,

Penso até mesmo que nunca existiu.