Será que não falei?

Não quero falar de amor, distância vou tomar desse tema

Quero talvez fazer me acompanhar a quem sempre busquei

Vou torcer o nariz, mas juro que não lhe dedico este poema

A candura do eterno e o prisma do viver, serão minha lei

Não quero plagiar Vinícius, mas talvez escreva uma “Carta a mim/86”

Mereço a sensação de me conhecer, depois a dualidade se desfaz

O encanto do merecimento eu já senti de perto mais de uma vez

A borboleta já se confundiu com folha, quando se viu por detrás

A deserção de uma ilha se confunde com a sua libertação total

Na corrente das descobertas é sempre a testemunha presente

De jovens descobrindo o sexo, ao inútil ser sempre essencial

Seres amenos, com sentido de poder se entregando livremente

Talvez não desvirgine e nem desabroche meu argumento

Tentativa houve, emoção roçou fraco, porém foi fatal

Mas a indagação me trouxe a reflexão nesse momento

Será que o amor esqueci, nesse breve paraíso mental?

Pacelle
Enviado por Pacelle em 25/02/2023
Código do texto: T7727417
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2023. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.