Mar de Novembro

A lua sobre as águas de Novembro

sugerem outra noite em desatino.

As pegadas que eu seguia, não eram

dos teus pés.

Era um rastro perdido

de idas e vindas sem nunca

chegar a lugar algum.

Já faz tempo, meu amor,

que a lua mora aqui no mar.

E da obscuridade destas

águas, ela surge silenciosa,

como a nossa despedida.

Um múrmuro canto inunda

os meus ouvidos...

São as águas que choram.

Já faz tempo, meu amor...

Mas a lua, quem sabe lembrando

de nós, tão enamorados, me toma

pela mão e me acompanha até o

amanhecer.

Acorda, meu amor!

Vem comigo ver o sol

E quem sabe mais tarde,

eu e tu, vencidos pela luz da lua

possamos mais uma vez

brindar ao nosso infinito

mar de Novembro.

:: Perla Madra ::

Perla Madra
Enviado por Perla Madra em 11/12/2007
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