Mar de Novembro
A lua sobre as águas de Novembro
sugerem outra noite em desatino.
As pegadas que eu seguia, não eram
dos teus pés.
Era um rastro perdido
de idas e vindas sem nunca
chegar a lugar algum.
Já faz tempo, meu amor,
que a lua mora aqui no mar.
E da obscuridade destas
águas, ela surge silenciosa,
como a nossa despedida.
Um múrmuro canto inunda
os meus ouvidos...
São as águas que choram.
Já faz tempo, meu amor...
Mas a lua, quem sabe lembrando
de nós, tão enamorados, me toma
pela mão e me acompanha até o
amanhecer.
Acorda, meu amor!
Vem comigo ver o sol
E quem sabe mais tarde,
eu e tu, vencidos pela luz da lua
possamos mais uma vez
brindar ao nosso infinito
mar de Novembro.
:: Perla Madra ::