Nascente do Mundo

Não me tome vazio e sem cor

Espere-me no trem de meu fascínio

Pois, sou tudo que vai pôr

Em cada janela o teu vestígio

Jogue-me ao sol enluarado

Sem nem esperar o vento empoeirado

Adiante teus passos por quase nada

Nem copo tenho para minha fada!

Há de zarpar meu eixo

Rumo ao nascente fim do mundo

Ainda que nosso silêncio seja profundo

Desejando um afago do beijo

Sim, torne-me teu espaço

Acaso sejas cheio meu sonho

E por ti sempre tudo faço

Se viver o suspiro que disponho